As vezes em que eu voltei e você estava
à minha espera
eu voltei trazendo menos do que levara
Não por maldade ou por extraviar os
presentes
com os quais você se veste e dividiu
comigo
Mas porque longe
onde não tem abrigo e o excesso é
tambor
a ferrugem desceu escada abaixo: é
sujo o que não prega
Você que ficou e agora rasga a minha
pele
vasculha onde o ferrão cresce
Não vê que ele derrete e
nada mais fere
Ana Barros
Natal, 12 de abril de 2015.
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