Há alegria nesse par de olhos
castanhos
requebrando em rito insano a mesma
dança
que dança o corpo risonho
A alegria cresce, saltita a olhos
estranhos
Se pudesse abrir em banda
mostraria quão grande deslumbre
esconde:
bailar, cair, equilibrar, desmoronar
– de novo gozar
Mas o mundo dorme e o grito morde a
garganta
Quer revelar tesouro escondido...
Quem almeja fortuna sem brilho?
- Cadê o ouro?
- Ora, o ouro sou eu!
Ana Barros
Natal, 08/04/98
Este texto me trouxe à lembrança o fim da música "Um índio" do Caetano, que é:
ResponderExcluirE aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Bjs,