Sábado. Abrir janelas, regar as plantas, varrer o ar
ir ao mercado e dizer feliz "como vai
Edilson?"
e de lá trazer a garrafa de vinho tantas vezes
bebido
tantas vezes querido ao som de "como vai
Edilson?"
Sábado. Estender as calcinhas de renda azul no
quintal
entre uma viga e a outra viga do vizinho que tem um
cachorro e que eu sei
bate bronha atrás da cortina
Sábado. Aroma de lavanda a adoçar o corpo na tarde
lilás
O vinil chora "Non, je ne regrette rien...”
Ana Barros
Natal, 27 de dezembro de 2014.
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