Há inquietação (de novo)
E a mentira corrompe o ser sem guarda
e grávido de incerteza e dúvida
a dominar a explorar a roubar
o que escondeu no abismo onde afogou
e
pariu sem olhar os lados e nem
atrás
Há inquietação (de novo)
E o gelo cristalizado – lastro azul
da paixão –
de novo sangue de novo quer de novo
escorre a
muralha sem prumo
Há inquietação (de novo)
E a insensatez manda “aqueça” e mais
uma vez
“desça”
Ana Barros
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