A última vez em que a pedra atingiu o alvo eu não
morri
Apanhei a pedra e arremessei de volta com o cinismo
dos mortos
Você rangeu os dentes ao ver que o escudo
feito por mim havia se rompido e a pedra além de
ferir
retornou perfurante – não por vingança – pois
esqueci
de agir e os fios partidos abriram à doçura gasta
“A vez é sua” eu disse deixando o palco
Sem olhar você vestiu as máscaras e os papéis
dos meus antepassados dos meus antepassados dos meus
(ante) passados... Começava
o terceiro ato
Ana Barros
A poesia nos faz "Avatar" pois todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.
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