terça-feira, 24 de maio de 2016

Zênite




Eu fazia a sala quando ele entrou: deus de fogo e mil ardis.
Trazia na cabeça os filhos loucos e disse:                                                                                                                                
“cuide deles – longe de mim”.
Entre a vigília e o sono – tempo necessário –
deixei que morresse, um depois do outro,
sem chorar coisas mortas
nem lamentar o que quis.
Amarelo ele ainda vem e me queima.
Mas os ponteiros se encontram – meia noite
E eu deixo que se deite
e faça zero em mim.

Ana Barros
Natal, 10 de abril de 2016.

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