sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

POEMA DA CARNE



a tua carne é verbo a grafar com o suor da pele:
tem poesia no meu corpo
entrega sem escrúpulos à cega forma sem forma
de fazer versos longe da moral que espia
rasgamos nossas vestes, vestimos nossas lupas
ampliamos cem mundos aonde buscamos sonhos
mas a sanha esmaece e é hora de voltar
ao tempo que emudece
à muralha que separa...
de um lado você goza e ri e faz glosa
eu do outro vivo e escrevo e ando e amo e ando e amo e...
... silêncio... silêncio... silêncio...
.....................................................................................................
gozo – de novo


Ana Barros
Natal, 05 de fevereiro de 2015.


                

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