sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Alquimia


Há alegria nesse par de olhos castanhos
requebrando em rito insano a mesma dança
que dança o corpo risonho
A alegria cresce, saltita a olhos estranhos
Se pudesse abrir em banda
mostraria quão grande deslumbre esconde:
bailar, cair, equilibrar, desmoronar – de novo gozar
Mas o mundo dorme e o grito morde a garganta
Quer revelar tesouro escondido...
Quem almeja fortuna sem brilho?
- Cadê o ouro?
- Ora, o ouro sou eu!

Ana Barros
Natal, 08/04/98

Um comentário:

  1. Este texto me trouxe à lembrança o fim da música "Um índio" do Caetano, que é:

    E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
    Surpreenderá a todos, não por ser exótico
    Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
    Quando terá sido o óbvio

    Bjs,

    ResponderExcluir